Coluna Climática

Chuvas de janeiro e previsões para março e abril de 2019

22/02/2019 09:41

A média das chuvas de janeiro de 2019 (106 mm) foi mais que duas vezes e meia menor que a da média histórica do mês (276 mm) e quase três vezes menor que as chuvas de janeiro de 2018 (298 mm). Melhores volumes de chuvas do mês foram registrados em Jaboticabal-FCAV (148 mm), Tereos-Andrade (142 mm), E.E. Citricultura Bebedouro e MB-Morro Agudo (101 mm), C.E. Moreno (145 mm), CFM-Pitangueiras (112 mm), Descalvado (191 mm), Usina da Pedra (224 mm) e Usina São Francisco (149 mm), evidenciando a grande irregularidade de distribuição das chuvas na região de abrangência da Canaoeste.

O Mapa 1B mostra que as chuvas de janeiro deste ano, comparativamente as de janeiro de 2018 e salvo a faixa Assis-Paraguaçu Paulista, foram mais escassas em quase toda área sucroenergética do estado.

         Quadro 1: Anotações pelos Escritórios Regionais das chuvas ocorridas em janeiro de 2016 a 2019 e as dos períodos Primavera-Verão entre setembro e  janeiro de 2015/16 a 2018/19 bem como as respectivas médias mensais e as históricas.

Obs: As médias mensais, destacadas na penúltima linha em vermelho, correspondem às somas das médias de chuvas anotadas nos meses de janeiro de 2016 a 2019 e as somas dos períodos de Primavera-Verão (setembro a janeiro) de 2015/16 a 2018/19; enquanto que as  normais climáticas,naúltima linha,referem-seàs médias históricas de 20 anos (ou mais) dos mesmos locais e meses e dos locais numerados de 1 a 11.

Destacadas no canto inferior direito do Quadro 2, pode-se notar que as somas das normais climáticas dos meses de janeiro de 2016 a 2019 pouco diferiram entre si. Porém, as somas das médias mensais (negritadas em vermelho) apresentam marcantes diferenças, observando-se, ainda, que a soma das chuvas que ocorreram de setembro a dezembro de 2018 e janeiro de 2019 (744 mm)  foi  130 mm inferior  as  das normais climáticas do mesmo período (875 mm). Além dos já comentados para o estado de São Paulo nos mapas 1A e 1B, nas principais áreas sucronergéticas dos Estados da Região Centro-Sul do Brasil, também foram bem marcantes as inversões e menores distribuições de chuvas em janeiro deste ano, comparativamente as de janeiro de 2018 nas principais áreas sucronergéticas dos Estados da Região Centro-Sul do Brasil.

A seguir, a Somar Meteorologia apresenta as informações do NOAA (Centro Americano de Meteorologia e Oceanografia), que  apontam para um fraco El Niño para este verão e outono e, a seguir, as previsões para março e abril, quando os assinantes estarão recebendo esta edição da Revista Canavieiros.

Em boletim atualizado recentemente, o NOAA manteve a projeção de moderado aquecimento no Oceano Pacífico neste verão, indicando, também, um fraco El Niño durante o outono (abril a junho) de 2019 e a necessidade de manutenção  constante do monitoramento.

Março: são apontadas  chuvas abaixo nas respectivas normais climáticas para toda área sucroenergética da região Centro-Sul do Brasil e que serão decrescentes em volumes à medida que aumenta a Latitude (em direção ao Sul) a partir do paralelo 21°Sul (próximo a  Ribeirão Preto).

  • Abril: poderão ser semelhantes a março, mas concentradas na 1ª quinzena ou nos primeiros 20 dias do mês.

Com esta tendência climática, a Canaoeste e Copercana recomendamaos associados e cooperados que redobrem a atenção ao controle de ervas daninhas (que crescem e “comem” os nutrientes mais rapidamente que a cana) e pragas da cana. Se não tiveram até aqui, chance de manter sob controle as cigarrinhas-das-raízes, infelizmente os danos poderão ser desagradáveis para a produtividade de cana, de ATR, e bem pior para o bolso. Plantios de cana a partir deste final de fevereiro até meados de abril, sempre com “um olho no céu e o outro na muda” a ser utilizada.

          Estes prognósticos serão revisados nas edições seguintes da Revista Canavieiros. Fatos climáticos relevantes serão noticiados no site http://revistacanavieiros.com.br/

          Dúvidas? Consulte os técnicos mais próximos ou nos envie uma mensagem.

Por: Engº Agrº Oswaldo Alonso – Consultor da Canaoeste

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