Café com a Canaoeste reúne associados da cidade de Pontal

Temas de grande relevância foram pautados durante o bate-papo bem descontraído

Na manhã do dia 21 de outubro, gestores e colaboradores da Canaoeste se reuniram aos associados no Salão Paroquial da cidade de Pontal para um bate-papo descontraído onde sanaram dúvidas e passaram informações relevantes sobre Mercado, Certificações, Boas Práticas Agrícolas, ATR, RenovaBio, CBios, Cadastro Ambiental Rural, Contratos, dentre outros assuntos pertinentes aos fornecedores.

Muito tem se falado em sustentabilidade, certificações e realizar boas práticas agrícolas na lavoura respeitando as leis, o meio ambiente, as pessoas e, sobretudo, ser produtivo são o caminho para garantir uma certificação e a Canaoeste mostrou nessa reunião através da apresentação dos seus profissionais o quanto a associação está à disposição dos seus associados no sentido de ajudá-los a conquistar suas certificações e também de mantê-los muito bem informados.

“A Canaoeste é como se fosse um supermercado, os associados precisam entrar, escolher o que precisam e, levar esses produtos para suas propriedades. Temos um leque de soluções quando falamos em sustentabilidade, na parte agronômica, ambiental e de laboratório – um portfólio praticamente completo e que não é utilizado porque muitos não têm conhecimento, não se aproximam e não fazem o uso dessas ferramentas que estão aí para contribuir com a produtividade no campo”, disse o gestor corporativo da Canaoeste, Almir Torcato.

De acordo com a gestora técnica da Canaoeste, Alessandra Durigan, este ano os canaviais receberam 40% de chuvas a mais no acumulado se comparado ao ano passado, o que deve refletir positivamente na produtividade e na ocasião questionou como estão os canaviais dos associados e suas expectativas.

“Participamos de consultorias de mercados ativamente e a posição é muito positiva para aproxima safra. Estamos esperando um aumento de 5 a 8% em relação ao que temos observado nesta safra e isso anima, por isso queremos saber qual a percepção dos nossos associados”, disse Alessandra.

Para o associado, Mário Mantuan Júnior, este ano está melhor do que no ano passado. “Temos uma área que íamos arrancar – uma área com 165 toneladas, mas a cana ficou lá e resolvemos não arrancar porque ela brotou bem e está muito mais bonita do que no ano passado”, comentou.

A gestora técnica da Canaoeste também alertou os fornecedores para que cuidem dos seus canaviais e procurem o apoio da associação. “Hoje a principal praga de cana é o Sphenophorus, estamos com muita dificuldade para controlar e vamos enfrentar agora a época da cigarrinha das raízes. Não descuidem, não deixem para tratar essa praga na hora em que a população estiver alta – é preciso tratar imediatamente. Temos uma equipe de campo para dar suporte aos nossos associados, então vamos fazer levantamentos, tratar, adubar, controlar o mato porque acho que vamos ter uma surpresa muito positiva para o próximo ano”, destacou.

Na oportunidade, o presidente da Associação, Fernando dos Reis Filho aproveitou para falar sobre a Biofábrica de Produtos Biológicos da Canaoeste que deve ser inaugurada no início do mês de janeiro de 2023, no Distrito Industrial 3, em Sertãozinho. Que vem com o intuito de produzir produtos biológicos para o controle de pragas e atender as demandas dos associados.

“Sabemos que o controle de pragas é uma tendência, temos que ampliar isso porque faz parte das boas práticas agrícolas. Então devemos produzir Beauveria (fungo para controle de Sphenophorus) e Metarhizium (fungo para o controle de cigarrinha-das-raízes). Esses produtos estarão disponíveis para os associados de maneira mais acessível. Esse é um projeto inovador, moderno e pretendemos acompanhar esse trabalho junto aos associados. Estamos fazendo alguns testes para acompanhar a performance desse produto na lavoura para ter maior credibilidade. Se aplicados de forma correta, esses produtos mostram grande eficiência e podem ser tão bons quanto aos inseticidas químicos. Não estamos falando em substituir o produto químico, isso não existe na agricultura, sabemos o quanto precisamos desses produtos, mas é uma forma de diminuir a área de aplicação de químico. É um produto que vai agregar, que vai dividir área”, comentou o presidente.

 O contrato com as usinas também foi assunto discutido entre os participantes. Para o advogado da Canaoeste, Diego Rossaneis, este é um assunto de extrema relevância que vem preocupando e que merece atenção. “No meu ponto de vista é algo muito importante, pois aumentou demais a quantidade de consulta conosco no departamento jurídico sobre contrato. Por isso, pedimos que antes de assinarem qualquer contrato que nos procurem no departamento jurídico, levem o contrato para analisarmos, tire dúvidas, porque uma vez que o contrato é assinado o fornecedor fica travado naquilo”, afirmou Rossaneis.

Já o gerente de geotecnologia da Canaoeste, Fábio de Camargo Soldera, chamou a atenção para a atualização do CAR (Cadastro Ambiental Rural). “Seguimos com a estação montada para receber os associados para atualizar o CAR com uma equipe à disposição”.

 Perspectiva ATR

 Grande parte do valor do ATR está atrelado em comercialização de produto fora do Brasil – são produtos atrelados ao dólar – e a variação do dólar se torna significativa em relação ao fechamento do preço do ATR. De acordo com Torcato, com todas as variáveis, o ATR deve ficar em torno de R$ 1,10 – R$ 1,14.

Palavra do associado

“A associação tem prestado um excelente trabalho e estou muito satisfeito. Essas reuniões, essas trocas de informações sempre são muito boas para nos posicionar sobre os mais diversos assuntos por isso é muito importante estar presente. Quando surge algum problema procuro a agrônoma Daniela e trocamos muitas ideias. Quanto à biofábrica acredito que será muito bom para gente, pois irá nos favorecer porque é muito difícil achar produtos de confiança e partindo da Canaoeste a gente fica mais tranquilo porque temos confiança na associação que tem credibilidade”. Gilberto Rodrigues – associado.

 “Esse é um momento que reúne os fornecedores e tem muita gente que tem dúvidas. Por isso é bom ter esse café onde podemos expor nossas opiniões, falar das nossas necessidades, trocar ideia do que vem acontecendo e nos mantermos informados sobre tudo o que está acontecendo na associação e no mercado. A vida do fornecedor é sempre cheia de dúvidas e a Canaoeste tem um pessoal qualificado para nos ajudar. Sempre busco pelos serviços da associação no meu dia a dia. Faço análise de solo, monitoramento de mato, pragas e a agrônoma Daniela sempre acompanha tudo”. Mário Mantuan Júnior – associado.

 “Essas reuniões são importantes e da forma em que está sendo realizada fica mais leve, as pessoas, além de conversarem entre si, podem conversar também com os gestores e os agrônomos e esclarecer as dúvidas que cada um tem. Eu achei que foi muito produtivo”. Adib Damião – associado.

Por: Fernanda Clariano