Pau-Brasil (Caesalpinia echinata Lam)
Originária da floresta pluvial Atlântica, tem ocorrência natural desde o Estado do Rio Grande do Norte até o Rio de Janeiro, em uma larga faixa de 3.000 km. É uma árvore que vive tipicamente em floresta primária densa, raramente encontrada em formações secundárias (onde já houve perturbações antrópicas). Atualmente, através de levantamentos científicos, os poucos exemplares de pau-brasil nascidos em natureza, ocorrem nos estados do Rio de Janeiro, Espírito Santo, Bahia, Alagoas, Pernambuco e Rio Grande do Norte. No estado de São Paulo, há ocorrência na região da costa norte, divisa com o Rio de Janeiro.
Pode atingir até 25 metros de altura, apresentando madeira dura, resistente, de textura fina e uniforme. É considerada a melhor madeira para arco de violino, pois confere a melhor sonoridade ao instrumento. A madeira pode ser também utilizada na construção civil e naval, em trabalhos de tornos e para fabricação de móveis de luxo. Entretanto, a produção comercial da árvore não é estimulada para esse fim, pois são necessárias árvores com pelo menos 40 ou 50 anos de vida.
No dia 3 de maio é comemorado o dia do pau-brasil, conhecido principalmente pelo fato de ter originado o nome do nosso país. Popularmente pode ser conhecida também por arabutã e brasilete (Bahia); árvore-do-brasil; ibirapitanga (Bahia e no Estado do Rio de Janeiro); ibiripitinga; imirá-piranga; muirapiranga; orabutã; pau-pernambuco; pau-rosado; pau-vermelho; pau-de-pernambuco e sapão. Os índios a chamavam, em tupi, de ibirapitanga (madeira-vermelha).
Fonte: Imagem: Paollo Sartorelli - Baobá Florestal. Texto: Governo do Estado de São Paulo
Cedro-Rosa (Cedrela fissilis)
O Cedro Rosa é uma espécie arbórea com altura que varia de 8 a 35 metros, com ocorrência principalmente nas florestas semidecíduas e pluvial atlântica do Rio Grande do Sul até Minas Gerais. Pode ocorrer também nos Biomas Amazônico e Cerrado, principalmente em áreas de transição com Mata Atlântica, sendo considerada uma espécie indicadora desse bioma.
A árvore é conhecida popularmente também poracaiacá; acaiacatinga; acajá-catinga; acajatinga; acaju; acaju-caatinga; capiúva; cedrinho (Paraná); cedro-amarelo (Bahia, Rio de Janeiro e São Paulo); cedro-batata (Bahia e Santa Catarina); cedro-branco (Goiás, Minas Gerais e Rio Grande do Sul); cedro-branco-batata, cedro-fofo, cedro-rosado, cedro-de-carangola e cedro-do-rio (Bahia); cedro-cetim; cedro-diamantina; cedro-rosa (Mato Grosso do Sul, Rio de Janeiro, Santa Catarina e São Paulo); cedro-roxo (Pará); cedro-verdadeiro (Alagoas e Bahia); cedro-vermelho (Bahia e no Espírito Santo).
Produz uma das madeiras mais apreciadas comercialmente, tanto no Brasil quanto no exterior, por ter coloração semelhante ao mogno e permitir, entre as madeiras leves, o uso mais diversificado. A casca do cedro é usada em medicina popular na forma de chá, como tônico para pessoas enfraquecidas, combatendo a febre, disenterias e artrite, sendo utilizado ainda como tratamento da gagueira pelos índios de várias etnias, do Paraná e de Santa Catarina.
É também, amplamente utilizado em projetos de restauração ecológica e paisagísticos.
No Estado de São Paulo a espécie consta na lista oficial das espécies ameaçadas, sendo classificada como: vulnerável risco de extinção.
Fonte: Imagem: Paollo Sartorelli - Baobá Florestal. Texto: Instituto Brasileiro de Florestas
Araucária, Pinheiro-Do-Paraná (Araucaria angustifolia)
O pinheiro-do-paraná, também conhecido como pinheiro-araucária, pinheiro-brasileiro e outras denominações, é uma espécie que teve origem há 200 milhões de anos, quando surgiram as árvores primitivas com sementes sem frutos (coníferas), ordem a que pertence a Araucaria angustifólia.
É espécie característica e exclusiva da Floresta Ombrófila Mista (Floresta com Araucária), e também encontrada nas áreas de detenção ecológica (áreas de transição), entre Floresta Estacional Semidecidual e Floresta Ombrófila Densa (Floresta Atlântica), sendo típica do Bioma Mata Atlântica. Ocorre na região Sul e nas partes altas do Sudeste brasileiro, em regiões com pluviosidade média anual entre 1.200 e 2.000 mm, com altitude entre 700 e 1.500 metros.
É conhecida popularmente por araucária, pinheiro-araucária e pinheiro-caiová no Paraná, Santa Catarina e no estado de São Paulo.
Suas sementes servem de alimento essencial para diversos animais nativos, sendo amplamente comercializadas como pinhão nas regiões Sul e Sudeste. Além disso, o pinhão combate azia, anemia e a debilidade do organismo. Na medicina popular, o nó, a casca do caule e os brotos são usados pelos índios de várias etnias do Paraná e de Santa Catarina, no tratamento das afecções do reumatismo, dores causadas por quedas, contusão ocular, catarata, cortes, feridas, dor nos rins e doenças sexualmente transmissíveis.
A madeira do pinheiro-do-paraná (Araucária) apresenta boas características físicas e mecânicas, sendo indicada para construções em geral.
No estado de São Paulo a espécie consta na lista oficial das espécies ameaçadas, sendo classificada como: perigo de extinção.
Fonte: Imagem: Paollo Sartorelli - Baobá Florestal. Texto: Embrapa
Cambuci (Campomanesia phaea)
O cambuci ou cambucizeiro, é uma espécie endêmica no Brasil, nativa do Bioma Mata Atlântica, podendo atingir até 8 metros de altura. Sua fruta deu nome a um tradicional bairro no centro da cidade de São Paulo, o Cambuci, onde a árvore ocorria naturalmente.
Os frutos, que podem ser utilizados na aromatização da cachaça e na produção de licores e geleias, são amplamente comercializados in natura na região da Serra do Mar – São Paulo. Os principais disseminadores do fruto na natureza são pacas, antas, cachorros-do-mato e veados.
Possui madeira de excelente qualidade na fabricação de ferramentas e utensílios, sendo também usada como lenha, carvão e caixotaria.
A árvore apresenta características ornamentais, principalmente pela forma de sua copa, amplamente empregada no paisagismo urbano devido a seu pequeno porte. Além disso, é muito utilizada em projetos de restauração ecológica, por ser atrativa para pássaros e outros animais que disseminam sua semente.
Sua ocorrência se dá no estado de São Paulo, principalmente na Serra do Mar, sentido ao planalto da capital paulista e interior do estado.
Fonte: Imagem: Paollo Sartorelli - Baobá Florestal. Texto: Unesp
Ipê-Roxo (Handroanthus impetiginosus)
O ipê-roxo ou ipê-rosa, também conhecido como ipê-roxo-de-bola, é uma espécie com alta plasticidade ecológica, encontrada em todos os estados do Brasil. No Estado de São Paulo sua ocorrência se dá tanto na mata pluvial atlântica como na floresta semidecídua, ocorrendo ocasionalmente no Cerrado.
Essa espécie apresenta altura que varia de 8 a 12 metros (podendo atingir de 20 a 30 metros no interior das florestas). Apresenta crescimento lento, sendo considerada uma espécie secundária tardia, podendo ser encontrada tanto no interior de florestas primárias, como também nas formações abertas e secundárias.
Sua madeira é densa, sendo considerada “de lei”, destinada a móveis de luxo, bem como na construção civil e naval. É amplamente empregada como árvore ornamental, devido à beleza de sua floração, usada em arborização de vias públicas, parques, praças e jardins.
Na medicina, a casca interna do ipê-roxo é recomendada por médicos especialistas em ervas, para aliviar e prevenir os problemas decorrentes da quimioterapia e de tratamentos à base de antibióticos.
Fonte: Imagem: Paollo Sartorelli - Baobá Florestal. Texto: Instituto Brasileiro de Florestas
Peroba-Rosa (Aspidosperma polyneuron)
A peroba-rosa, conhecida também como peroba-comum e peroba-amargosa, pode chegar a 50 metros de altura em solos muito férteis, naturalmente não ultrapassa 25 metros. Podemos encontrar exemplares da espécie nos biomas de cerrado e mata atlântica.
Sua madeira é uma das mais valorizadas no Brasil, depois da madeira de teca, é a que menos oxida os metais que estejam em contato com ela. Por conta disso, é muito utilizada na construção naval, também empregada em móveis e acabamento interno, assim como na fabricação de vigas, caibros, ripas, forro, marcos, portas, janelas, entre outros.
A peroba-rosa trata-se de uma árvore ornamental, podendo ser usada em projetos paisagísticos. Muito utilizada em reflorestamentos e recomposição de áreas degradadas de preservação permanente (APP).
O crescimento da espécie é lento e a moderado, demorando até 14 anos para atingir uma altura media de 8,5 metros.
Após muitos anos de utilização, a árvore encontra-se em perigo de extinção.
Fonte: Imagem: Paollo Sartorelli - Baobá Florestal. Texto:
Jequitibá-Rosa (Cariniana legalis)
O Jequitibá-Rosa é uma espécie arbórea da Mata Atlântica, que pode atingir até 55 metros de altura. Possui crescimento moderado/rápido, atingindo 13 metros após 14 anos de quando plantada. No Brasil existem exemplares com alturas excepcionais, se tornando símbolos nos municípios que estão localizadas. É considerada uma das maiores árvores da flora brasileira.
A madeira do Jequitibá é empregada em compensados, laminados, móveis, acabamentos, carpintaria, marcenarias, entre outras funções. Para a combustão, a madeira dessa espécie não é indicada.
A casca do tronco possui aplicações na medicina popular e suas flores possuem atrativos para animais polinizadores.
Seu fruto é bem característico, se trata de uma cápsula em formato de copo com tampa, dentro do fruto é onde se concentra as sementes, dispersas pela queda do fruto quando maduro.
No estado de São Paulo a espécie consta na lista oficial das espécies ameaçadas, sendo classificada como: vulnerável risco de extinção.
Fonte: Imagem: Paollo Sartorelli - Baobá Florestal. Texto:
Paineira (Chorisia speciosa)
A paineira ocorre naturalmente nos estados da Bahia, Espírito Santo, Goiás, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Paraíba, Paraná, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, São Paulo e Distrito Federal. No estado de São Paulo é encontrada em fisionomias de Floresta Estacional Semidecidual, sendo, inclusive, uma espécie indicadora do Bioma Mata Atlântica em regiões de Ecótono (transição Mata Atlântica / Cerrado).
A espécie pode atingir até 30 metros de altura, considerada uma espécie secundária inicial. A principal forma de dispersão da semente é pelo vento (anemocórica), tendo em vista a característica das sementes, podendo atingir uma distância de 160 metros da matriz.
É muito indicada em projetos de restauração ecológica de áreas degradadas e também em projetos paisagísticos, por seu grande efeito ornamental, pelo porte avantajado e beleza das flores. Sua madeira é pouco utilizada na confecção de móveis e afins.
Na medicina popular, a resina e a casca, cozidas juntas, faz uma espécie de emplastro, usado no tratamento de hérnia, ínguas e queimaduras.
Fonte: Imagem: Paollo Sartorelli - Baobá Florestal. Texto: Instituto Brasileiro de Florestas
Marinheiro (Guarea guidonia)
Popularmente conhecida como marinheiro, camboatã, carrapateira-verdadeira, açafroa, entre outros nomes, a depender da região onde se encontra.
Pode atingir até 20 metros de altura, estando distribuída da região amazônica até Rio de Janeiro, Minas Gerais, São Paulo e Mato Grosso do Sul. No Estado de São Paulo é uma espécie indicadora do bioma Mata Atlântica, quando encontrada em fragmentos florestais em estágio médio de regeneração, localizados em áreas de transição entre os biomas Cerrado / Mata Atlântica (Zona de Tensão).
Sua madeira é moderadamente pesada, utilizada para construção civil, naval, projetos paisagísticos urbanos (por proporcionar grande área de sombreamento) e em projetos de reflorestamento, devido seu fruto atrair diversas espécies da fauna.
Fonte: Imagem: Paollo Sartorelli - Baobá Florestal. Texto:
Farinha-Seca (Albizia niopoides)
A farinha-seca, também conhecida como angico-branco, é uma árvore que pode atingir até 35 metros de altura. Encontrada em diversas regiões do Brasil, estando presente nos Biomas Mata Atlântica, Cerrado, Pampa e Amazônico. Da casca do tronco se desprende uma camada poeirenta e fina semelhante à farinha, daí o seu nome popular.
No estado de São Paulo é uma espécie indicadora do bioma Mata Atlântica, quando encontrada em fragmentos florestais localizados em áreas de transição entre os biomas Cerrado / Mata Atlântica (Zona de Tensão).
A madeira é sem valor comercial relevante, sendo utilizada principalmente para lenha e carvão.
Essa espécie é muito utilizada em projetos de restauração ecológica de áreas degradadas, devido a seu rápido crescimento e sombreamento do solo, sendo utilizada também em projetos paisagísticos urbanos, principalmente em praças públicas e grandes jardins.
Fonte: Imagem: Paollo Sartorelli - Baobá Florestal. Texto:
Baru- (Dipteryx alata Vogel)
O Baru, também conhecido cumbaru, barujo, coco-feijão, entre outros, é uma
árvore que pode atingir até 25 metros de altura, com tronco variando de 40 a 70
centímetros de diâmetro. A espécie é nativa, mas não endêmica do Brasil, de
ampla distribuição no bioma Cerrado. Ocorre nas formações florestais tipo
cerradão e mata, nas áreas de transição entre cerrado e mata estacional ou mata
de galeria e no cerrado sentido restrito, preferencialmente nos solos bem
drenados, de textura arenoargilosa, de média fertilidade.
Sua madeira é de alta densidade, compacta, com alta durabilidade, elevada
resistência ao ataque de fungos e cupins, sendo usada para estacas, postes,
moirões, dormentes e construção civil (vigas, caibros, batentes, tábuas e tacos
para assoalhos), bem como para a fabricação de carrocerias e implementos
agrícolas. Já a castanha de baru ganhou fama e mercado nos últimos anos,
sendo consumida após torrada e salgada, com valores que podem chegar até
R$ 100,00/Kg.
A espécie pode ser usada no paisagismo, pois sendo uma árvore de copa ampla,
fornece boa sombra durante a primeira metade da estação seca, apesar de ser
brevemente caducifólia, ou seja, em determinado período do ano perde suas
folhas. Pela alta produção de massa foliar, bom crescimento, baixa exigência de
adubação e de manutenção é indicada para a recuperação de áreas degradadas,
principalmente em áreas de cerrado.
Fonte: Imagem: Paollo Sartorelli - Baobá Florestal. Texto:
Barbatimão (Stryphnodendron adstringens)
O barbatimão, também conhecido como barba-de-timão, charãozinho-roxo e casca-da-virgindade, é uma espécie arbórea nativa dos cerrados do Sudeste e do Centro Oeste, com ampla distribuição geográfica com ocorrência desde o Pará até o norte do Paraná, principalmente nos Estados da Bahia, Distrito Federal, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, São Paulo e Tocantins. No Estado de São Paulo ela pode ser encontrada em todos os tipos fisionômicos de domínio do Cerrado, sendo, inclusive, uma espécie indicadora desse bioma nas áreas de transição ecológica entre Cerrado e Mata Atlântica.
É uma árvore que pode atingir até 06 metros de altura, sendo sua casca e folhas muito utilizadas na medicina popular brasileira, devido ao seu grande potencial de cicatrização.
Fonte: Imagem: Paollo Sartorelli - Baobá Florestal. Texto: Revista Fitos
Sucupira-Preta (Bowdichia virgilioides)
A espécie é amplamente distribuída no Brasil, ocorrendo em diversos estados e diferentes fitofisionomias. No Estado de São Paulo, sua ocorrência se dá em regiões do Bioma Cerrado e em zonas de transição ecológica (Cerrado / Mata Atlântica). É popularmente conhecida como sucupira-do-cerrado, sucupira-açu, sucupira-do-campo, entre outros.
Apresenta altura que varia de 08 a 16 metros, com crescimento lento a moderado. Sua madeira pode ser utilizada para fabricação de móveis de luxo, acabamentos internos, molduras e portas. Além disso, a sucupira é popularmente conhecida por suas propriedades terapêuticas no tratamento de reumatismo, diabete e afecções cutâneas.
É uma árvore ornamental utilizada em projetos paisagísticos e em projetos de restauração ecológica, sendo uma espécie arbórea adaptada a terrenos secos e pobres (característicos de Cerrado).
Fonte: Imagem: Paollo Sartorelli - Baobá Florestal. Texto:
Fava D'anta, Faveira (Dimorphandra mollis Benth)
A faveira, também conhecida como fava-d’anta, barbatimão de folha miúda, barbatimão falso e canafístula, é uma árvore que pode atingir até 14 metros de altura. Encontrada principalmente no Bioma Cerrado, principalmente em locais de solos arenosos.
No estado de São Paulo é uma espécie indicadora do bioma Cerrado, quando encontrada em áreas de transição entre os biomas Cerrado / Mata Atlântica (Zona de Tensão).
É também chamada de falso-barbatimão devido à similaridade com essa espécie.
A madeira é sem valor comercial relevante, sendo utilizada principalmente para lenha e carvão.
Muito utilizada em projetos de restauração ecológica de áreas degradadas, principalmente em locais de solo seco e pobre. Tem também uso medicinal, sendo as favas uma fonte excepcional de flavonóides (rutina, quercetina e ramnose), substância usada pela indústria farmacêutica para a produção de medicamentos contra problemas circulatórios.
Fonte: Imagem: Paollo Sartorelli - Baobá Florestal. Texto:
Aroeira-Pimenteira (Schinus terebinthifolius Raddi)
A aroeira-pimenteira, também conhecida como aroeira-negra, aroeira de minas, aroeira de sábia, aroeirinha, falsa aroeira, entre outros, é uma árvore que pode atingir até 15 metros de altura. Encontrada principalmente no Bioma Cerrado, Mata Atlântica e Pampa.
No estado de São Paulo é uma espécie encontrada tanto em áreas do Bioma Cerrado, como também em áreas de Mata Atlântica.
A aroeira-pimenteira foi introduzida em vários países da Europa, América Central, e sul dos Estados Unidos (Flórida), para fins ornamentais, onde se tornou invasora, devido ao seu caráter de rusticidade, pioneirismo e agressividade.
Sua madeira é usada principalmente como mourões de cerca, e/ou lenha e carvão.
Seu fruto, conhecido como pimenta-rosa (pink pepper, em inglês), é uma especiaria utilizada na culinária internacional, enquanto o óleo da sua semente é usado na medicina popular brasileira e na indústria de cosméticos.
Espécie utilizada em projetos de restauração ecológica de áreas degradadas, principalmente por ser uma das espécies mais procuradas pela avifauna. A aroeira-pimenteira é utilizada também como planta ornamental em praças e parques, para essa finalidade tem, como restrição, o fato de apresentar propriedades alergênicas em pessoas sensíveis, ocasionando intoxicações e alergias, mesmo não havendo contato direto.
Fonte: Imagem: Paollo Sartorelli - Baobá Florestal. Texto:
Angico-Cascudo-do-Cerrado (Anadenanthera peregrina (L.) Speg)
O angico-do-cerrado, também conhecido como angico do morro, angico do campo, angico vermelho, entre outros, é uma árvore que pode apresentar altura que varia de 14 a 22 metros. Ocorre em quase todo o território brasileiro, desde Roraima até o Paraná. É encontrada no Bioma Cerrado, em áreas de transição Floresta/Savana, principalmente na fitofisionomia característica como Cerradão.
Sua madeira é usada para lenha, carvão, mourão, construção civil e serraria. A sua casca tem uma cortiça grossa que lhe confere resistência significativa a queimadas.
Espécie utilizada em projetos de restauração ecológica de áreas degradadas, principalmente em locais de terrenos erodidos, locais sujeitos a inundações periódicas de rápida duração ou período de encharcamento leve.
Fonte: Imagem: Paollo Sartorelli - Baobá Florestal. Texto:
Pequi (Caryocar brasiliense Cambess)
O pequi, também conhecido como piquiá-bravo, amêndoa de espinho, pequerim, suari, pequi do cerrado, entre outros, é uma árvore que pode atingir alturas de 06 a 10 metros de altura. Encontrada principalmente no Bioma Cerrado, ocorrendo também na Mata Atlântica (Floresta Estacional Semidecidual) e Pantanal. Típica do Cerrado, é aclamada como o “ouro-do-cerrado”, vive centenas de anos e tem importância econômica no Centro-Oeste devido a seus frutos, castanhas e madeira.
No estado de São Paulo ela pode ser encontrada em todos os tipos fisionômicos de domínio do Cerrado, sendo, inclusive, uma espécie indicadora desse bioma nas áreas de transição ecológica entre Cerrado e Mata Atlântica.
O principal atrativo econômico do pequi são seus frutos e castanhas, bastante apreciados na culinária na fabricação de doces, licores, sorvetes, óleos, etc. A fruta descascada é vendida in natura, sendo apreciada, inclusive, no mercado internacional.
Em relação ao uso em projetos de restauração ecológica, essa espécie é indicada para restauração de ambientes fluviais e ripários, e em recuperação de áreas degradadas.
Fonte: Imagem: Paollo Sartorelli - Baobá Florestal. Texto:
Jacarandá-do-Campo (Dalbergia miscolobium Benth)
O jacarandá do campo, também conhecido como caviúna do cerrado ou jacarandá do cerrado, é uma árvore que pode atingir até 16 metros de altura. Encontrado principalmente no Bioma Cerrado (típica do campo cerrado). A casca do tronco é grossa e sulcada, representando certa proteção a árvores adultas contra queimadas leves.
No estado de São Paulo é uma espécie indicadora do bioma Cerrado, quando encontrada em áreas de transição entre os biomas Cerrado / Mata Atlântica (Zona de Tensão).
Sua madeira é utilizada para construção civil, lenha e carvão.
Essa espécie é excelente planta para enriquecer capoeiras e vegetação empobrecida, podendo ser usada na restauração de ambientes fluviais ou ripários (Matas Ciliares), além disso, é muito utilizada em projetos paisagísticos pela beleza de sua folhagem verde/azulada.
Fonte: Imagem: Paollo Sartorelli - Baobá Florestal. Texto:
Pau-terra (Qualea grandiflora)
O pau-terra, também conhecido como pau terra do cerrado, é uma árvore que pode atingir até 30 metros de altura em condições favoráveis. Encontrada em diversas regiões do Brasil, estando presente nos Biomas Cerrado, Pantanal e Amazônico.
No estado de São Paulo é uma espécie indicadora do bioma Cerrado, quando encontrada em áreas de transição entre os biomas Cerrado / Mata Atlântica (Zona de Tensão).
Sua madeira é sem valor comercial relevante, sendo utilizada principalmente para lenha e carvão.
Espécie utilizada em projetos de restauração ecológica de áreas degradadas, devido a seu rápido crescimento e sombreamento do solo, sendo utilizada também em projetos paisagísticos urbanos, principalmente em praças públicas e grandes jardins.
Fonte: Imagem: Paollo Sartorelli - Baobá Florestal. Texto:
Manduirana, Fedegoso (Senna macranthera)
O fedegoso, também conhecido como manduirana, pau-fava, aleluia, entre outros, é uma árvore que pode apresentar altura que varia de 06 a 08 metros. Ocorre no Nordeste, Sudeste, Centro-Oeste e Paraná, principalmente nos Biomas Cerrado e Mata Atlântica.
Sua madeira é usada para lenha e carvão. Seus frutos verdes podem ser consumidos como saladas e refogados.
Espécie utilizada em projetos de restauração ecológica de áreas degradadas, devido a seu rápido crescimento e desenvolvimento (espécie pioneira). Além disso, muito empregada em paisagismo, sendo extremamente ornamental e de pequeno porte.
Fonte: Imagem: Paollo Sartorelli - Baobá Florestal. Texto:
Copaíba (Copaifera langsdorffii Desf)
A copaíba, também conhecida como óleo-de-copaíba, bálsamo, óleo-vermelho, pau-de-óleo, oleiro, entre outras, é uma árvore que pode atingir até 15 metros de altura. Espécie com grande plasticidade ecológica, sendo encontrada em vários hábitats, principalmente no Cerrado e no Cerradão; na Caatinga/Mata-Seca e na Floresta Estacional Decidual/Semidecidual.
No estado de São Paulo é uma espécie generalista, capaz de se estabelecer tanto em no Bioma Cerrado, quanto na Mata Atlântica, sendo muito abundante em áreas de transição entre os biomas Cerrado / Mata Atlântica (Zona de Tensão).
Sua madeira é empregada em móveis, tonéis, lenha e carvão. Além da madeira, a árvore produz o óleo de copaíba que tem ação comprovada como antibiótico e anti-inflamatório.
Espécie utilizada em projetos de restauração ecológica de áreas degradadas, apesar de seu crescimento lento. A espécie é recomendada para restauração de mata ciliar em locais com inundações periódicas de média a longa duração.
Fonte: Imagem: Paollo Sartorelli - Baobá Florestal. Texto:
Amendoim-do-Campo (Platypodium elegans Vogel)
O amendoim, também conhecido como faveiro, amendoim-bravo, jacarandazinho, entre outros, é uma árvore que pode atingir até 16 metros de altura. Ocorre naturalmente do Piauí a São Paulo, passando por Mato Grosso do Sul e Goiás, principalmente no Cerrado e esparsamente em florestas ombrófilas.
No estado de São Paulo é uma espécie generalista, capaz de se estabelecer tanto no Bioma Cerrado, quanto na Mata Atlântica, sendo muito abundante em áreas de transição entre os biomas Cerrado / Mata Atlântica (Zona de Tensão).
Sua madeira é empregada em serraria, carpintaria, lenha e carvão, também utilizada em projetos de restauração ecológica em diversas áreas, devido sua rusticidade, rápido crescimento e facilidade de adaptação. Além disso, é uma árvore de florada muito bonita, utilizada também em paisagismo urbano.
Fonte: Imagem: Paollo Sartorelli - Baobá Florestal. Texto:
Ipê-Tabaco (Zeyheria tuberculosa)
O ipê-tabaco, também conhecido como ipê-felpudo, ipê-preto, ipê-cabeludo, entre outros, é uma árvore que pode atingir até 23 metros de altura. Encontrada em diversas regiões do Brasil. Ocorre em todos os estados do Sudeste e do Nordeste, é uma espécie de alta plasticidade ecológica, devido sua capacidade de se estabelecer e sobreviver em diferentes biomas (Caatinga, Cerrado e Mata Atlântica).
No estado de São Paulo é uma espécie generalista, capaz de se estabelecer tanto em no Bioma Cerrado, quanto na Mata Atlântica, sendo muito abundante em áreas de transição entre esses biomas (Zona de Tensão).
A casca é profundamente sulcada, com espessura média de 5 cm, que protege a árvore contra a passagem do fogo. O nome popular se deve ao fato de, ao se serrar a madeira e respirar o pó da serragem, frequentemente causa um acesso de espirros, cujo efeito lembra o pó de fumo popularmente conhecido como tabaco ou rapé.
Sua madeira é empregada em construção civil, sendo utilizada também para lenha e carvão.
Espécie utilizada em projetos de restauração ecológica de áreas degradadas, devido a seu rápido crescimento e facilidade de multiplicação. Além disso, é uma árvore de interesse ornamental, pela forma da copa (piramidal ou colunar) e pelo efeito da folhagem e ramagem, sendo recomendada para arborização de praças públicas.
Fonte: Imagem: Paollo Sartorelli - Baobá Florestal. Texto: