Coluna Climática

Chuvas de abril de 2019 & previsões para junho, julho e agosto

Com esta tendência climática, a CANAOESTE recomenda aos Associados que redobrem as atenções em colheita, reduzindo ao máximo as perdas de cana.

16/05/2019 09:39

A média das chuvas de ABRIL de 2019 (135 mm) foi quase o dobro da médias das normais climáticas do mês (73 mm) e quase quatro vezes maior que a do mês de ABRIL de 2018 (35 mm). Os menores volumes de chuvas foram anotados em Jaboticabal-UNESP, Pitangueiras-CFM e Morro Agudo-Fazenda Sta Rita.

Na área sucroenergética paulista, salvo estreita faixa na região de Araçatuba/Noroeste paulista, as chuvas de ABRIL de 2019 (mapa 1B), foram melhores que as ocorridas durante ABRIL de 2018 (mapa 1A).

Chuvas diárias anotados pelos Escritórios Regionais, condensadas em Pitangueiras enquanto que, as médias mensais e respectivas normais climáticas são aqui mostradas no Quadro 2.

Quadro 2:- Anotações pelos Escritórios Regionais das chuvas ocorridas em Setembro a Dezembro de 2015 a 2018 e de Janeiro a Abril de 2016 a 2019, com as respectivas médias mensais e normais climáticas.

OBS:- Médias mensais, destacadas em vermelho (penúltima linha do quadro), referem-se às médias das chuvas registradas no mês; enquanto que, Normais Climáticas ou médias históricas (última linha) correspondem às médias de muitos anos, dos locais assinalados de 1 a 11. Destacadas no canto inferior direito do Quadro 2, nota-se que as Normais climáticas, entre os meses de Setembro a Dezembro de 2018 e de Janeiro a Abril de 2.016 a 2.019, foram quase iguais. Entretanto, foram notadas marcantes diferenças entre as Médias mensais, onde a soma das chuvas que ocorreram de Setembro a Dezembro de 2.015 e 2.018 e com as de Janeiro a Abril de 2016 e 2019 (1.423 e 1.522 mm) foram muito superiores aos mesmos meses de 2016, 2.017 e com os de 2017 e 2.018 (1.056 e 1.107 mm).    

Além dos comentários efetuados anteriormente através dos mapas 1A e 1B, em de abril 2019 (mapa 2B abaixo) a Região Centro-Sul recebeu melhores distribuições de chuvas nos estados de Goiás, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, comparativamente ao mesmo mês de 2018 (mapa 2A).

Mapa 3:- Prognóstico de Consenso entre INMET-CPTEC-INPE-FUNCEME para Junho e Julho de 2019, mostrando que, nas quadrículas em amarelo a vermelho as probabilidades de chuvas são decrescentes e as em azul claro a escuro as probabilidades são crescentes. As áreas em branco apresentam iguais probabilidades para as três categorias.

Obs:- notem que esta previsão também assinala ocorrência de chuvas acima das normais climáticas para a Região Sul do Brasil.

  • Pelo Centro de Cana-IAC, as médias históricas de chuvas em Ribeirão Preto e proximidades são 30 e 20 mm em junho e julho, respectivamente.

EL NIÑO – ANÁLISES: Em boletim atualizado em 09 de maio, o Centro Americano de Meteorologia e Oceanografia (NOAA) manteve a previsão de um El Niño fraco a moderado para o fim do outono e no decorrer do inverno no Hemisfério Sul. A partir de agosto, haverá tendência de  aquecimento mais persistente, embora o padrão fraco a moderado do El Niño venha a se manter durante todo o período. ►As chuvas poderão ocorrer acima da média no Centro e Sul do país, ora mais entre o Sudeste e o Centro-Oeste, ora mais nos estados do Sul e com possíveis alternâncias entre períodos chuvosos e períodos mais secos nestas Regiões do Brasil. ►Atenção com a primavera no Sudeste e Centro-Oeste; pois, normalmente, o aquecimento do oceano Pacífico promove chuvas de primavera do Brasil de forma mais precoce, sendo comum ocorrências das primeiras pancadas de chuva e trovoadas ainda em setembro e, até mesmo, em agosto. ►Atenção com ondas de frio tardias, mas espaçadas, podendo ocorrer inclusive em agosto e setembro.

A SOMAR Meteorologia sinaliza que, as condições climáticas poderão ser:

  •  Junho – as chuvas, próximas das médias históricas, poderão ocorrer na primeira semana deste mês;
  •  Julho e Agosto – indícios que sejam mais secos que junho.

Com esta tendência climática, a CANAOESTE recomenda aos Associados que redobrem as atenções em colheita, reduzindo ao máximo as perdas de cana. Estes prognósticos serão revisados nas edições seguintes da Revista Canavieiros.

Engº Agrº Oswaldo Alonso – Consultor CANAOESTE

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